Educar
é saber lançar no chão fértil do outro - meu aluno, meu companheiro, alguém com
quem diálogo saberes sonhos, e valores - a semente que adiante faça germinar em
seu coração o desejo de partilhar com os outros o diálogo da construção de um
mundo de justiça, de igualdade e liberdade.
O
método “pedagogizador” está relacionado à instrução do aluno, onde ele reproduz
o conhecimento, aplica técnicas para que ele seja treinado. A conseqüência para
a educação, bem como em termos de propostas pedagógicas, é a restrição à
aplicação de técnicas a um sujeito, o aluno, tratado como objeto a ser
conhecido e treinado. Em contraposição, propomos analisar um modelo calcado na
intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação, entendida num sentido
construção de pessoas emancipadas, criativas, autônomas. Chamamos este modelo
de “modelo educacional”. Mas não consideraremos que diálogo,
intersubjetividade, modelo comunicativo, etc., bastem. Será ainda preciso
mostrar seus pressupostos teóricos, as implicações decorrentes, e
principalmente, como ele pode ser aplicado, aliviando as dificuldades pelas
quais passa nossa sociedade, sendo o papel da educação central para compreender
essas dificuldades e propor mudanças. Este é um processo complexo, e,
evidentemente, a própria educação, especialmente a educação formal, escolar,
precisa ser revista com urgência.
A
prática da intersubjetividade, produtora de sujeitos capazes de linguagem e de
ação, com opinião e vontade formadas de modo a possibilitar liberdade
comunicativa, calcada em razões e argumentações justificadas, legítimas, são os
pressupostos de qualquer sociedade democrática, essenciais à educação. As
práticas educacionais, ao produzirem indivíduos mais livres, autônomos, e não
autômatos, capazes de avaliar seus atos à luz dos acontecimentos, à luz das
normas sociais legítimas e legitimadas em processos jurídicos, políticos,
usando suas próprias cabeças, e tendo propósitos sinceros e abertos à crítica,
são fundamentais para as práticas educacionais. A importância extrema da
educação decorre de ela servir como anteparo à tecnicização, à colonização do
mundo da vida pelo sistema, mas também deve servir para intervir no meio
dinheiro e poder, de modo a enfrentá-los pela democracia e pelo direito.
E
Intersubjetividade é a relação entre sujeito e sujeito e/ou sujeito e objeto.
Portanto, compreender os processos nos quais se dão essas relações,
compreenderem a si mesmo como ponte de partida para a compreensão do outro,
significa uma tarefa importante para o professor, uma vez que este está em
contato com diferentes indivíduos.
Realmente Flávia a Intersubjetividade é a relação entre sujeito e sujeito e/ou sujeito e objeto.
ResponderExcluirO relacionamento entre indivíduos no ambiente localiza-se no campo da ação, ou na liberdade de ação, o que implica a negociação com o outro.
Segundo Martin Buber (1878 - 1965), é a capacidade do homem de se relacionar com o seu semelhante. O homem possui a capacidade de inter-relacionamento com seu semelhante, ou seja, a intersubjetividade. O relacionamento acontece entre o Eu e o Tu, e denomina-se relacionamento Eu-Tu. A inter-relação envolve o diálogo, o encontro e a responsabilidade, entre dois sujeitos e/ou a relação que existe entre o sujeito e o objeto. Intersubjetividade, é umas das áreas que envolve a vida do homem, e por isso precisa ser refletida e analisada pela filosofia, em especial pela Antropologia Filosófica.
Flávia...
ResponderExcluirNa educação conduzida pela intersubjetividade o processo de aprendizagem do aluno passa pela intuição, pelos sonhos, seus desejos e pela afetividade, sendo estimulada por meio da vivência educativa, na qual o educador estabelece um vínculo de afeto com o aluno. Percebo que, como fundamento educativo, é fundamental que educador perceba esses saberes, para que essas dimensões subjetivas do aluno sejam pontes entre o professor/aluno e o aprofundamento dos saberes no processo educativo.